Poster (Painel)
137-1 | Produção de biossurfactante por Bacillus subtilis a partir de resíduo agroindustrial. | Autores: | Cruz, J.M. (UNESP - Universidade Paulista "Julio de Mesquita Filho") ; Lopes, P.R.M. (UNESP - Universidade Paulista "Julio de Mesquita Filho"UNESP - Universidade Paulista "Julio de Mesquita Filho") ; Montagnolli, R.N. (UNESP - Universidade Paulista "Julio de Mesquita Filho") ; Bidoia, E.D. (UNESP - Universidade Paulista "Julio de Mesquita Filho") |
Resumo O uso de biossurfactantes em aplicações ambientais ainda é inviável devido ao alto custo de produção e purificação do biossurfactante. Assim, a utilização de matéria prima de baixo custo, pode diminuir parte dos custos de produção dos biossurfactantes. Neste sentido o objetivo deste trabalho foi produzir biossurfactante à partir do glicerol, resíduo da produção de biodiesel, utilizando Bacillus subtilis e comparar a eficiência de emulsificação frente a surfactante químico. O meio de produção do biossurfactante foi composto por caldo Bushnell-Haas e 5% de glicerol. O crescimento microbiano foi monitorado por medidas de absorbância a cada 24 horas durante 4 dias. O biossurfactante bruto foi extraído do meio por precipitação ácida com HCl e mantido por 12 horas a 4°C. O precipitado foi centrifugado a 3000 rpm e pesado a massa seca. A presença do biossurfactante foi testada pelo índice de emulsificação (E24%). Para isso, o precipitado extraído do meio foi utilizado em solução a concentração de 1 mg/mL. Foram misturados 2 mL da solução de biossurfactante e 2 mL do combustível a ser emulsionado, agitados em vortex por 1 minuto e as leituras foram feitas após 24 horas para se obter o índice E24%. Os combustíveis utilizados foram Biodiesel 100%, Diesel 100% e as misturas Biodiesel 50%/Diesel 50% (B50), Biodiesel 10%/Diesel 90% (B10), Biodiesel 5%/Diesel 95% (B5). Para comparar a eficiência de emulsificação do biossurfactante o mesmo procedimento foi feito para o surfactante Triton X-100. O surfactante foi usado em solução a concentração de 1mg/mL. Os resultados mostram que em 48 horas o B. subtilis alcança um alto crescimento acompanhado pelo pico de produção de biossurfactante. Embora não purificado, o biossurfactante apresenta valores próximos de emulsificação em relação ao Triton X-100. Na mistura B10 o biossurfactante foi mais eficiente que o Triton X-100. O maior índice de E24% do biossurfactante foi obtido para o diesel 100%. Assim, em trabalhos de biorremediação de diesel, a aplicação do biossurfactante produzido pode auxiliar na biodegradação deste combustível. É importante destacar que o surfactante utilizado para comparar a eficiência de emulsificação é um produto de alta pureza,ao passo que o biossurfactante não passou por nenhuma purificação, apenas foi extraído do meio de produção. Assim, foi possível concluir que o glicerol, é uma fonte de carbono viável para a produção de biossurfactante, agregando valor a este resíduo. Palavras-chave: biodegradação, biodiesel, glicerol |